‘Só o cristianismo pode salvar o Ocidente’, alerta ativista ex-ateia

  • 28/05/2025
‘Só o cristianismo pode salvar o Ocidente’, alerta ativista ex-ateia
‘Só o cristianismo pode salvar o Ocidente’, alerta ativista ex-ateia (Foto: Reprodução)

Ayaan Hirsi Ali é uma das intelectuais ativistas mais reconhecidas da atualidade. Nascida na Somália, buscou refúgio na Holanda em 1992. Após concluir seus estudos na Universidade de Leiden, ingressou no Partido Social-Democrata Holandês (PvdA), onde atuou no think tank do partido. Naquele período, ainda seguia a fé muçulmana.

Os eventos de 11 de Setembro marcaram uma reviravolta em sua vida. Ao perceber que aquele ataque devastador havia sido realizado em nome de sua fé, Ayaan concluiu que a religião que seguia era equivocada e desumana.

Depois disso, ela se tornou uma ateia convicta e ativista, defendendo a necessidade de uma "jihad liberal" para combater a jihad islâmica. Posteriormente, integrou o parlamento holandês como membro do Partido Liberal Holandês (VVD).

Em 2006, Ayaan deixou a Holanda e mudou-se para os EUA, onde atuou como bolsista do American Enterprise Institute. Atualmente, lidera a Fundação AHA, dedicada à defesa da liberdade e ao combate ao iliberalismo e a práticas opressivas. Ela se casou com o renomado historiador Niall Ferguson, com quem teve dois filhos.

Civilização

Em novembro de 2023, Ayaan surpreendeu o mundo ao revelar sua conversão ao Cristianismo, após anos como ateia. Essa transformação marcante a coloca possivelmente entre a vanguarda de um crescente número de pessoas, especialmente jovens, que optam por abraçar a fé cristã.

No ensaio intitulado Por Que Agora Sou Cristã, Ayaan detalhou as razões que a levaram a abandonar o ateísmo e abraçar o Cristianismo.

Seu principal argumento era que o ateísmo não oferece uma base sólida para enfrentar os desafios da guerra civilizacional.

Segundo sua visão, “a civilização ocidental enfrenta ameaças interligadas: o avanço do autoritarismo e do expansionismo das grandes potências, representado pelo Partido Comunista Chinês e pela Rússia de Vladimir Putin; a ascensão do islamismo global, capaz de mobilizar vastas populações contra o Ocidente; e a propagação acelerada da ideologia woke, que estaria minando a fibra moral das novas gerações”.

Ayaan argumentou que o Ocidente não pode se proteger dessas ameaças apenas com ferramentas modernas e seculares. Segundo ela, a defesa eficaz só é possível quando há uma compreensão clara dos valores e princípios que nos unem.

E essa narrativa unificadora não pode se basear em preencher o "vazio de Deus" com uma "mistura de dogmas irracionais, quase religiosos", mas sim com o legado da tradição judaico-cristã.

"Esse legado consiste em um conjunto elaborado de ideias e instituições destinadas a proteger a vida humana, a liberdade e a dignidade – desde o Estado-nação e o Estado de direito até as instituições de ciência, saúde e aprendizado. Como Tom Holland demonstrou em seu excelente livro Dominion, diversas liberdades aparentemente seculares – do mercado, de consciência e da imprensa – têm suas raízes no Cristianismo", afirmou Ayaan.

Mas há mais do que apenas esse argumento pragmático para abraçar o Cristianismo.

"Eu não estaria sendo sincera se atribuísse minha conversão ao Cristianismo apenas à percepção de que o ateísmo é uma doutrina fraca e divisiva, incapaz de nos fortalecer contra nossos inimigos ameaçadores", afirma Ayaan.

"Também me voltei para o Cristianismo porque, no fim das contas, achei a vida sem qualquer consolo espiritual insuportável – na verdade, quase autodestrutiva. O ateísmo falhou em responder a uma pergunta simples: qual é o significado e o propósito da vida?"

Ela concluiu: "Por isso, não me considero mais uma apóstata do islamismo, mas sim uma ateia afastada. Claro, ainda tenho muito a aprender sobre o Cristianismo. A cada domingo, descubro um pouco mais na igreja. Mas reconheci, em minha longa jornada por um deserto de medo e dúvida, que há uma maneira melhor de lidar com os desafios da existência do que aquela oferecida pelo islamismo ou pela descrença."

Neoconservadorismo

Em uma entrevista recente ao semanário holandês EW (anteriormente Elsevier), Ayaan reafirmou sua crítica ao islamismo, afirmando que "o vazio da esquerda foi preenchido pelo islamismo".

Além disso, posicionou-se como uma defensora do conservadorismo político.

Segundo ela, o Ocidente enfrenta ameaças não apenas do islamismo, mas também da Rússia de Vladimir Putin e da China de Xi Jinping. Para preservar seus valores fundamentais, argumentou, é essencial restaurar os princípios que sustentam sua civilização.

"Na minha visão, o Cristianismo é a resposta", concluiu.

Ela agora admite abertamente ser uma conservadora cristã, diferenciando essa forma de conservadorismo tanto do neoconservadorismo da era Bush quanto do "conservadorismo transacional" associado a Donald Trump.

Sua nova visão sobre o conservadorismo também reforçou seu feminismo e sua visão sobre os direitos das mulheres.

“A verdadeira segurança para as mulheres vem do conservadorismo cristão. O que os progressistas conseguiram? Em vez de fortalecer as mulheres, estão apagando sua identidade. Agora, até questionam o próprio conceito de ‘mulher’, reduzindo-nos a meras ‘pessoas com útero’. Esse é um embate no qual o conservadorismo cristão jamais recuará. A moral cristã representa a melhor proteção tanto para homens quanto para mulheres.”

Buscamos separar a fé cristã da filosofia política na tentativa de construir um mundo pós-cristão. No entanto, essa experiência falhou. O vazio persiste, e inúmeras ideologias tentam ocupar esse espaço.

Destino

Entre as ideologias que tentam ocupar esse vazio, destaca-se o islamismo radical, um movimento político dentro do mundo muçulmano.

Ayaan expressa preocupação de que as Constituições da maioria dos países ocidentais não estejam suficientemente preparadas para enfrentar essa ameaça, cujo objetivo final seria minar e subverter os princípios democráticos.

“As constituições foram escritas em uma época completamente diferente, com desafios e conflitos distintos. Naquele período, o debate girava em torno da liberdade religiosa de protestantes e católicos, diferentes denominações dentro do Cristianismo.”

Para enfrentar o desafio representado pelo islamismo, Ayaan defende a necessidade de reformular as constituições e implementar um projeto sólido de construção nacional.

“Você quer integrar os imigrantes à sua sociedade, à sua história, ao destino de sua nação. Não ao país de onde vieram, mas a este país.”

Ayaan está atualmente escrevendo um livro sobre as nuances de sua jornada espiritual, abordando em profundidade os aspectos de sua conversão. Longe de ser um manifesto político, a obra será um testemunho pessoal. Até sua publicação, ela optou por não responder a novas perguntas sobre essa transformação significativa em sua vida.

FONTE: http://guiame.com.br/gospel/noticias/so-o-cristianismo-pode-salvar-o-ocidente-alerta-ativista-ex-ateia.html


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 5

top1
1. a casa é sua

casa whorship

top2
2. os sonhos de Deus

gabriela rocha

top3
3. top 10

voz da verdade

top4
4. 5 louvores

fernandinho

top5
5. as top

jessé aguiar

Anunciantes