Arqueólogos descobrem anel de ouro de 2.300 anos na Cidade de Davi, em Jerusalém

  • 21/05/2025
Arqueólogos descobrem anel de ouro de 2.300 anos na Cidade de Davi, em Jerusalém
Arqueólogos descobrem anel de ouro de 2.300 anos na Cidade de Davi, em Jerusalém (Foto: Reprodução)

Um pequeno e delicado anel, adequado ao dedo de uma criança, foi descoberto por arqueólogos nas escavações em andamento na Cidade de Davi, em Jerusalém.

Especialistas estimam que ele remonte ao início do período do Segundo Templo, ou seja, tenha cerca de 2.300 anos. Curiosamente, este é o segundo anel desse tipo encontrado no sítio arqueológico, datando da mesma era helenística.

As escavações na Cidade de Davi são conduzidas pela Autoridade de Antiguidades de Israel, em parceria com a Universidade de Tel Aviv, no Parque Nacional dos Muros de Jerusalém, com financiamento da Associação Elad.

Rivka Lengler, integrante da equipe de escavação, descreveu o momento em que o segundo anel foi descoberto:

"Nós peneiramos a terra perto da área de escavação, e de repente Ben, que trabalha comigo, tirou um anel de ouro da terra. A princípio, ele achou que fosse um objeto moderno, perdido por um dos nossos escavadores, mas quando examinei o anel, imediatamente avaliei que se tratava de algo antigo."

E continuou: "Chamamos os arqueólogos, e todos se reuniram ao nosso redor, admirando a descoberta especial; foi muito emocionante. Já à primeira vista, era possível notar a grande semelhança com o anel encontrado em nossa escavação há poucos meses – mas este era ainda menor. Quando segurei esse anel em minha mão, senti que fazia parte da história. Tive a sensação de que podia realmente tocar e me conectar com as pessoas que viveram aqui em Jerusalém milhares de anos atrás."

Alexandre, o Grande

O pequeno anel de ouro é adornado com uma pedra preciosa vermelha, possivelmente uma granada, característica da época.

Pedras preciosas coloridas foram introduzidas na região por Alexandre, o Grande, e eram frequentemente incrustadas em ouro no mesmo estilo do anel recém-descoberto.

Os responsáveis pela escavação, Dr. Yiftah Shalev e Dr. Marion Zindel, da Autoridade de Antiguidades de Israel, junto com Efrat Bocher, do Centro de Pesquisa de Jerusalém Antiga, e o Prof. Yuval Gadot, da Universidade de Tel Aviv, compartilharam sua avaliação em uma declaração:

"Os dois anéis de ouro foram encontrados em uma camada datada do final do século III ou início do século II a.C., incorporada às fundações de um grande edifício que evidencia a riqueza de seus ocupantes. Na mesma camada em que esses anéis foram descobertos, também foram encontrados recentemente vários brincos de bronze. E foi exatamente nessa mesma camada que um brinco de ouro ornamentado com a imagem de um animal com chifres e uma conta de ouro decorada foram desenterrados – todos datando do início do período helenístico."

Segundo os pesquisadores, “joias que combinam ouro com pedras preciosas de cores vibrantes, como a granada, eram bem conhecidas nesse período, em que a moda era influenciada por países orientais como Índia e Pérsia. Essas influências estilísticas foram possíveis graças às conquistas de Alexandre, o Grande, que abriram canais de comércio com essas regiões.”

Prosperidade de Jerusalém

O Dr. Marion Zindel, responsável pelas pesquisas sobre o anel, propôs uma teoria intrigante sobre o possível motivo para os anéis terem sido enterrados naquele local.

“O fato de os dois pequenos anéis e o restante das joias terem sido encontrados sob o piso do edifício levanta a possibilidade de que tenham sido enterrados ali propositalmente”, disse ele.

“Uma das hipóteses que estão sendo investigadas é que as joias encontradas nas fundações do edifício possam estar relacionadas a uma antiga prática do período helenístico, na qual mulheres prometidas em casamento enterravam joias e outros objetos de infância nas fundações da casa como um símbolo da transição da infância para a vida adulta."

De acordo com Efrat Bocher, um dos gerentes da escavação:

"Esta é a primeira vez que encontramos, em Jerusalém, um conjunto tão grande de joias de ouro desse período. Essa demonstração de riqueza é extremamente rara em qualquer camada arqueológica e evidencia a prosperidade de Jerusalém, além do elevado padrão de vida de seus habitantes na época."

O diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel, Eli Escusido, afirmou: “A descoberta dos anéis de ouro da época do Segundo Templo na Cidade de Davi é uma prova concreta da riqueza, beleza e importância de Jerusalém, mesmo há milhares de anos. A Autoridade de Antiguidades de Israel se orgulha de liderar as pesquisas arqueológicas de Jerusalém e de tornar acessível ao público a herança da ‘Jerusalém de Ouro’ – não apenas como palavras de uma canção, mas como fatos históricos revelados bem debaixo dos nossos pés."

FONTE: http://guiame.com.br/gospel/israel/arqueologos-descobrem-anel-de-ouro-de-2300-anos-na-cidade-de-davi-em-jerusalem.html


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